segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A história de Chico Mineiro

Era uma vez um certo homem chamado Francisco que vivia no interior de Minas Gerais, apelidado de Chico Mineiro. Nos seus 30 anos de idade, jamais tinha deixado a roça. Gostava da vida pacata e tranquila e não tinha qualquer ambição de se mudar para a "cidade grande".
Mas ocorreu, porém, que o destino tornou inevitável sua viajem para o Rio de Janeiro: era o casamento de Antônio, um velho amigo de infância.
Não foi fácil para Chico deixar os limites de sua pequena cidade e partir em viajem. Estava mesmo apavorado, mas não podia deixar de ir. Levantou-se bem cedo, tomou um banho caprichado e preparou sua melhor roupa para não fazer feio.
De onde morava até a estação de trem em Muriaé, levava horas e o trajeto tinha de ser vencido na base da charrete, único meio de transporte disponível.
Quando chegou na estação, viu a estrada de ferro. Era a primeira vez que estava ali e, na sua simplicidade, achou que as pessoas caminhavam sobre aqueles trilhos, parando de vez em quando nas estações para descançarem. 
Seus pensamentos foram interrompidos pelo barulho ensurdecedor da locomotiva, além do apito que o maquinista lançava no ar para avisar sua aproximação.
Chico saiu desesperado e só parou de correr quando estava no alto de um monte próximo. Por detrás de uma árvore viu aquele "monstro de aço" fumegando vapor. Seu corpo tremia de cima a baixo.
O trem partiu e Chico ficou. Jamais iria "num troço daqueles". Mas, quase que por um milagre, Chico chegou ao Rio de Janeiro na carona de um caminhão de leite que seguia para uma Cooperativa de Produtores de Leite.
Ao andar pelas ruas do Rio, buscando um presente para os noivos, viu na vitrine de uma loja de brinquedos um treizinho elétrico que corria veloz pelos trilhos de uma minuscula via férrea, montada ali estratégicamente para chamar a atenção das crianças.
Num excesso de fúria, Chico passou a mão no primeiro pedaço de madeira que encontrou e, com violentas pancadas, destruiu a pequena locomotiva, os vagões, a linha, enfim, todo o brinquedo.
Assustado, o dono da loja correu para detê-lo, mas era tarde. "O senhor é louco? Qual a razão dessa estupidez?", berrava o comerciante.
"Tô loco não, seu moço! Essa praga a gente tem que matá enquanto tá pequena assim. Depois que cresce, não tem um que dê de conta!", respondeu o simplório Chico Mineiro.

Essa simples história mostra que muitas vezes enfrentamos problemas quase inreversíveis em nossas vidas porque quando eles inicam  ainda minúsculos não damos importância e por isso não fazendo o que deve ser feito para que este seja cortado da nossa vida desde a raíz.

"Fugi de toda aparência do mal." (1Tessalonicenses 5.22)
nses 5:21-22

2 comentários:

  1. Olá Drica!
    Já ouvi muitas estórias do Chico Mineiro, mas essa da sua postagem é nova. (sorrio)
    Boa semana!
    Abraços.
    Convido para que leia e comente “RODOVIA CÂNDIDO PORTINARI” no http://jefhcardoso.blogspot.com/

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    1. Então Jeferson...
      Esse texto na verdade não é de minha autoria.
      Antigamente, no Jornal Folha Universal, o então bispo Marcelo Crivella, hoje Senador Crivella (RJ), sempre publicava histórias que traziam uma reflexão. Eu cortava e guardava os textos (Isso faz muito tempo...) Encontrei os textos já com o papel amarelado por acaso. "A Flor da Honestidade", "O milagre da piscina", "Um copo de leite", "O preço de um milagre" histórias que eu já publiquei anteriormente e outras que ainda vou publicar.

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